O carnaval chegou e Ângela estava feliz. Naquela sexta-feira, no fim da tarde, ela voltou para casa sentindo o ar diferente. O crepúsculo encontrava-se tematicamente festivo, com as cores de uma glamorosa fantasia. Os jovens circulavam entusiasmados em suas conversas, a cidade toda preparava a grande festa.
Mas Ângela queria mais. Muito mais. Se pudesse, jogaria confete naqueles que não davam importância ao carnaval. Levaria caixas de som consigo para o samba chegar em todos os lugares. Vestiria os obesos de Reis Momos. Distribuiria fantasias. Era carnaval, ora!
Passou em um supermercado e comprou algumas bebidas. Ela gostava de beber e dizia que um dos motivos de não ter se casado é que os homens tinham medo de mulheres como ela, com personalidade. E enquanto a animação começava no centro, Ângela e sua sacola de supermercado iam em sentido contrário, para casa.
Os desfiles das escolas de samba ainda não haviam começado, mas ela já estaria posicionada. Diante da TV, com o controle nas mãos. São Paulo, Rio, axé na Bahia, frevo no Recife. Há anos sua folia não tinha fronteiras geográficas.
E ela viraria a madrugada, pois era uma boa foliã.
muito bom Louis!!! tô q nem essa foliã ai....sem os desfiles!!!
ResponderExcluirAs várias formas de se aproveitar um mesmo evento... ou não aproveitar, de acordo com a perspectiva de cada um.
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